Amado



Cheguei em casa antes de ontem com uma dor de cabeça horrível. Daquelas que faziam as têmporas até latejarem. 


Encontrei o Bruno no meu quarto com a luz apagada, sentado na minha cama e encolhidinho abraçado aos joelhos. Quase chorando. Quando perguntei o que havia acontecido, ele começou a chorar e disse que a mamãe dele tinha brigado com ele. 


Conversei um pouquinho com ele e depois de um tempinho ele voltou ao (quase) normal. Ficou manhoso! 


Foi para a cozinha e falou com a avó dele (minha mãe) que eu estava com dor de cabeça, mas que não precisava se preocupar porque eu já havia tomado remédio e que agora só precisava descansar um pouco. 


A mãe falou com ele:


- Então vamos deixar a tia Lili descansar um pouco. Ela vai dormir um pouquinho, depois ela vai levantar, vai jantar, vai ajudar a vovó a dar comida pro vovô, vai ajudar a cuidar do vovô, vai ajudar a vovó a colocar o vovô para dormir e depois ela também vai dormir.


Ele ficou com os olhos arregalados e falou com a mãe:


- Nossa, vó! Isso é muuuuuuuuita coooooooooooisa para ela fazer até dormir! É quase uma lista!








Quando a gente pensa que não tem jeito de amá-los mais, eles se superam. 


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