As loucuras que nos fazem bem





Acredito que seja natural do ser humano isto de estar sempre insatisfeito com alguma coisa. No meu caso, eu uso isso para aprender. Aprender outro idioma, uma palavra nova no meu idioma, a fazer coisas novas, artesanato, dançar e essas coisas.


Pois bem, eu agora estou “inventando moda”.


Há duas semanas comecei o curso de Corte e Costura.  


Sou filha e neta de costureiras(será que serei nora de uma também??). A agulha picou meu dedinho desde menina. E nem virei a Bela Adormecida. Nenhum príncipe encantado me acordou com um beijo. E nem fomos felizes para sempre. Ando muito resistente à magia. 


Desde meus quinze anos, minha mãe nunca precisou fazer bainha nas minhas calças. Ou seja, já levava jeito pra coisa desde cedo.


Estava louca para fazer este curso! Há uns 2 anos que eu procurava, procurava e procurava, mas, todos os que eu pesquisava aqui em BH ou eram muito caros ou os horários não batiam com os que eu tinha livre para fazer. 


Até que, por fim, consegui encontrar que conciliasse preço e disponibilidade. Sábado na parte da manhã. Ao lado do Mercado Central de BH (Deus tenha misericórdia do meu dinheiro!).


Mas, fui lá. Na primeira aula eu estava tão ansiosa que me deu até dor de barriga na noite anterior. Acordei e ainda pensei que nem iria conseguir ir, mas não deixei meu querido corpinho me sabotar. Tomei banho e fui pra aula. Chegando perto da escola, coração acelerado, boca seca, pensei: Só me falta ter uma crise de ansiedade no primeiro dia de aula. Não faltava não. Respirei fundo, mandei esse medo do novo e alegria calarem a boca (vocês num vão me “nogoçar” agora não!) e entrei na loja com a cabeça tão erguida (vou mostrar quem é que manda nessa bagaça!!) que se tivesse uma nota de R$ 100,00 no chão, não encontraria nunca. 


Já na primeira aula aprendi a tirar moldes, cortei as peças no pano para fazer uma saia e... hora de sentar na máquina. Gente... quase chorei! Mentira. Chorei mesmo. Chorei de alegria, chorei de ansiedade, chorei de emoção. Igual a uma boba mesmo. É... eu sou boba mesmo. Esse “negóço” de guardar emoção não tem nada a ver comigo. A professora me olhando de rabo de olho e, provavelmente, pensando: Que menina louca!


Acho que esse vai ser o nome do texto: As loucuras que nos fazem bem.


Na segunda aula as coisas já ficaram beeeeeeeeeem melhores! Sem o estresse louco do início, sem o medo do novo de novo.

 A alegria ficou. E eu deixei.




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