Aperto



Terça-feira, dia 31/10, Dia das Bruxas e meu dia começou meio louco. 

Dormi mal, acordei às 4h da manhã e custei a voltar a dormir de novo. Resultado disso foi acordar atrasada, tomar banho correndo e vestir a primeira roupa que apareceu na frente. Cheguei no horário ao trabalho, um pouco antes até. 

Organizei as coisas, desci para preparar um café, voltei para minha mesa, tomei café, enviei alguns emails e fui passar algumas coisas com o chefe. Voltando para minha mesa, fui verificar uma informação no email antes de voltar para a sala do chefe e quando fui sentar em cima da perna – sei que não pode, mas seria coisa de segundos... – ouvi, de repente, um creeeeeeeeeck longo demais para meu gosto e para meu desespero. Levanto como se nada tivesse acontecido e fui verificar onde ouvi o barulho... minha calça havia rasgado de fora a fora. Um buraco enorme entre as pernas que chegava até o meio dos glúteos. 




Sou muito tranquila para situações de emergências. Avaliei o tamanho do problema e como sou costureira também, vi que dar pontinhos com agulha e linha à mão não seria possível. 

Lembrei-me de que há duas costureiras aqui perto do trabalho onde fazem pequenos reparos. Desviei meu telefone para uma colega, amarrei a blusa de frio na cintura e fui atrás de uma delas para cerzir a calça. 

Desci na primeira e não a encontrei lá. Perguntei ao senhor da banca de revista que fica em frente ao “cafofinho” dela e ele me informou que ela havia entregado o ponto. Não trabalhava mais lá. 

Ok. Tudo bem! Tem mais uma. 

Andei mais um quarteirão até encontrar a casa da outra mulher e chegando lá visualizo uma placa: “Hamburgueres Artesanais. O melhor da região.”

A tranquilidade de início começa a me abandonar. Parei e pensei: Lojas de roupas. Procurei mentalmente as lojas de roupas daqui da região e qual delas seria mais barata tendo em vista que trabalho em uma região nobre de BH. 

Lembrei-me de uma em que já havia comprado e corri para lá. 

Gostei de uma pantacourt e o preço não era assim impagável. 

Lembrei-me que havia descido só com R$ 20,00 porque era só para arrumar a calça e não comprar uma nova. 

Ligo pro Marcão – meu amigo que sempre me salva de problemas - e peço para ele pegar minha carteira na minha bolsa e encontrar comigo para eu pagar a peça.

A cara da dona da loja era o melhor: eu com a calça no corpo, sem pagar, chegava até à porta da loja para ver se o Marcão estava chegando.

Resultado: Não eram nem 9 horas da manhã e eu já havia gasto R$ 120,00!

Como disse meu namorado: “SÓ VOCÊ MESMO!”

É... só eu.  


Comentários

Postagens mais visitadas